domingo, 22 de setembro de 2013

Sobre o valor da vida

Faz algum tempo...

Que na parada de ônibus,
Galdino viu sua vida,
como fogo, se apagar...

Fechou seu olhar de desespero para o mundo...
Silenciou.
E para a história de Brasília entrou.

Já faz uma vida desde que que isso aconteceu...
Um ano depois que nasci.

Sinistro, esse fato ainda me faz refletir 
sobre o valor que Galdino recebeu...

Muito se repercutiu na época... 
Sobre índios, mendigos... Minorias...

Triste isso,
porque
para mim
toda forma
de vida
valia...

Besteira é querermos taxar tudo,
até o valor da vida...
Triste, feliz, branco, preto, azul... 
Rico, pobre, cristão, judeu...
Anão, alto, gordo, magro,
gay, lésbica, criança, adulto...

Todos tem um coração pulsante,
prontos para serem quem são:
independente de cor, classe social,
gosto musical, orientação sexual,
etnia, tipo físico, cor preferida, religião...

Independente de estarem dormindo confortáveis em suas casas
ou ao relento, em uma parada de ônibus, em um canto no chão...

Independente disso tudo, todos temos um valioso coração.

(Sarah Magalhães)



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