sábado, 15 de abril de 2017

Coleção Chaveirinhos México

Além de escrever, como muitos de vocês já sabem, eu me aventuro a desenhar e fazer algumas artes... E agora comecei a trabalhar com feltro, e estou adorando! Comecei com a ideia de fazer alguns chaveiros com tema mexicano e publicar no facebook para ver no que dava...
(Porque, na verdade, estou tentando juntar um dinheirinho para ir a Lima, participar de um congresso em literatura.)
Deu super certo, comecei com 12 chaveirinhos e vendi todos eles no mesmo dia em que postei... Então continuei produzindo, e esses são os chaveirinhos da Coleção México:


 






E esses foram os da segunda remessa...








Depois dessa temporada de pimentas, cactos, violões, tequila, Fridas e caveirinhas mexicanas, recebi algumas encomendas mais específicas, que vou compartilhar com vocês logo mais! Espero que gostem! <3

Beijocas,
Sarinha

terça-feira, 7 de março de 2017

Domingo em família

III.
A vovó é muito engraçada.
E também não tem papas na língua,
fala sem constrangimentos.

Lembro que no domingo toda a família se reunia na casa dela,
era uma farra, as crianças numa folia, adolescentes todos no sofá
e as panelas sempre cheias pra comida não faltar.

Aquele ambiente era propício para verdades serem ditas.

O maior momento do dia era quando ela pedia ajuda
para montar a lasanha para o almoço.
Toda pirralhada corria do quintal para o sagrado ritual:
molho, massa, presunto e queijo, molho, massa, presunto e queijo.
(antes, é claro que todos lavavam as mãos...)

Eu adorava isso.

Um dia a vovó chamou todos para a cozinha, para ajudar.
Mas me entregou uma cabeça de alho e pediu pra eu descascar!

Como eu fiquei chateada.
(mais uma cebola e eu teria chorado...)

Mas tudo bem, isso faz parte do aprendizado,
diz muito sobre respeitar e obedecer aos mais velhos.

Descascado e amassado, entrego o alho para minha prima:
Ô voooó, onde é que tem uma faca boa pra eu picar essa carne!?
(minha prima, perguntou com toda sua ingenuidade)

Neste entretempo lavava rápido as minhas mãos,
descobrindo que o cheiro de alho não queria ir embora não.

Foi quando vó Dinha anunciou:
Ô, minha filha, faca boa tem mesmo é só lá no mercado.
Aqui tem essas velhas mesmo.

Um "tudo bem" miúdo foi o que ouvi de resposta...

Logo cedo eu aprendi que nem tudo é como a gente quer.

...

Sarah Magalhães

segunda-feira, 6 de março de 2017

Conflitos



II.
Teve um dia em que a vó Tuta foi até o Planaltão
(grande mercado na rua de cima, hoje em dia já é um nome esquecido)
e voltou com seu carrinho cheio do que ainda faltava para fazer sabão.

Quando eu era pequena, achava que era até feitiçaria...
Eu via óleo, abacate, farinha de trigo, resto de arroz, fubá vencido,
e tudo o que havia de mais esquisito indo direto pra bacia!
E nem sei como cabia...

Aí mistura tudo com cuidado
pra não espirrar!
Mas criança não pode chegar perto,
que é pra não machucar.

Mas aí a vovó chegou em casa, né...
Com seu carrinho de compras de metal
(daqueles, que todas vizinhas possuíam igual)
e encontrou a vó Dinha estirada no chão do corredor!

Deitadinha no azulejo frio, passando a sala de estar.

Ai meu Deus!
(minha avó começou a gritar)
Dinha do céu, quê que cê tá fazendo aí??!!

Eu tava indo pro quarto, me deu um sono
e eu resolvi deitar logo aqui...
Cê não tá vendo que eu caí!!??
Vê se me ajuda logo a levantar!

Uma vovó ajudando a outra.
Quais seriam as chances de isto funcionar?

Felizmente, consciente da situação,
vovó Tuta logo teve a ideia de ir até o portão.

Lá passava um rapaz a quem ela pediu ajuda.
Ele entrou e pedindo licença ajudou a vó Dinha
a acabar com aquela tortura.

Tudo correu muito bem.

Vó Dinha pôde ir terminar seu bordado e a vó Tuta se acalmou,
fez uns biscoitos de polvilho que o rapaz adorou!

A tarde terminou com um cheirinho de café
e um pôr-de-sol que dizia que a confusão voltaria.

(o sabão da vó Tuta ficou para o próximo raiar de sol)

Mas agora, boa noite.

...

Sarah Magalhães

domingo, 5 de março de 2017

Apresentação

Primeira poesia de uma série muito familiar que virá, eu espero que gostem. Esta é uma tentativa de eternizar em forma de arte as melhores memórias do que é mais precioso, o amor de família, aconchego de vó. Então, vamos lá... Sejam muito bem-vindos!



I.
Tenho que apresentar a vocês,
caros e raros leitores,
duas pessoas muito importantes...

Minha avó e minha tia-avó.
Elas moram juntas e sozinhas,
nós chamamos elas de Vó Tuta e Vó Dinha.

A vó Tuta gosta de guaraná,
balinha de hortelã e bolo de fubá.
A vó Dinha gosta de coca-cola,
balinha de morango e bolo de chocolate.

O café é logo cedo
e também às quatro da tarde.

Tem também o chá das seis,
acompanhado de um biscoito,
pão de queijo e pão francês.

Cada dia é um dia de prece,
de gratidão pela vida
e pelo que ela oferece.

A rotina é sempre colorida,
perfumada de romã, acerola,
figo e mamão do pé.

Também bordada e rendada,
logo depois do café.

É claro que elas também têm alguns conflitos,
desses que todos irmãos costumam passar.

...

Sarah Magalhães

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Poeminha mal resolvido

Poeminha mal resolvido
esse que fica no pé do ouvido.
Sussurra, sussurra, sussurra
e eu não escuto nada...

Poema sem pena de mim
com a caneta inquieta entre os dedos.

Poema que não diz não nem sim,
não diz se espero alegria ou medo...

Mas ô poeminha chinfrin!

Nem sei porque ainda tive esperança.

Sarah Magalhães

domingo, 6 de novembro de 2016

Teatro tem espaço

Teatro tem espaço,
tem espaço sim!

Teatro cabe em palco,
cabe em pátio,
cabe no jardim...

Teatro cabe em cada canto
onde há inspiração
e gente bem disposta
a trabalhar com dedicação.

Teatro tem espaço,
tem espaço sim!

Tem espaço na escola,
tem espaço no coração.

A magia do teatro transforma tudo em arte.

Não há mal tempo, vendaval,
gritaria, poeira, cenário, luz,
falta de figurino ou de cadeira
que desfaça o espetáculo...

Nem mesmo uma goteira gotejando no palco.

O teatro, meus caros, é um espetáculo raro,
que transforma nosso espaço e se aconchega no coração.

O passe de mágica:
gratidão.

O espaço do teatro é o espaço que estiver.

Acontece de toda maneira e cabe onde quiser,
até aqui neste poeminha.

Sarah Magalhães

Poema inspirado pelo Festival de Teatro organizado pela professora e amiga Fernanda com seus alunos em um colégio da rede pública de ensino do Distrito Federal. As peças foram lindas, todo o trabalho foi emocionante! Então, amigos, viva ao teatro! E ao espaço da escola! <3



Beijocas, Sarinha. 




sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Resultado PoemaGo

Essa brincadeira de espalhar poeminhas pelas paredes foi o máximo, obrigada por participarem comigo! Vou compartilhar aqui com vocês algumas fotos dos PoemaStops que espalhei pela UnB... A maioria dos "pontos de coleta de poemas" acabaram sendo recarregados por outras pessoas quando os marcadores de página foram acabando, foi uma reação que eu não esperava! Novamente, obrigada!



Além disso, venho compartilhar com vocês a ganhadora do sorteio PoemaGo, que foi a queridíssima Karina Reis, que já está com o prêmio em mãos! Obrigada por participar e por acompanhar o blog Karina!

 

Beijocas para todos, até logo! <3
Sarinha.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

PoemaGo

Venho aqui apresentar a vocês o novo projeto de intervenção poética do Caderno Descolorido: o POEMAGO! Que é uma versão poética do aplicativo PokémonGo.
Estou espalhando poemas pelas paredes para serem capturados por quem passar pelos PoemaStops, que são esses cartazes com um envelope cheio de marcadores de página com versinhos do Caderno Descolorido:



Os PoemaStops estão espalhados pelo Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília, mas se você tiver uma outra sugestão de lugar e quiser me ajudar a espalhar poesia por aí entre em contato comigo aqui pelo blog ou pelo facebook! <3


E para a brincadeira ficar melhor, vou sortear uma caneca Pikachu, dois chaveiros pokebola e seis marcadores de página entre os seguidores do Caderno Descolorido no facebook. Participe neste link: https://www.facebook.com/cadernodescolorido/photos/a.245881442189944.50229.245111258933629/966141070163974/?type=3&theater


 Espero que gostem, encontrem muitos PoemaStops e que capturem muitos poemas! 
E participem dessa brincadeira comigo!
Boa sorte a todos e dia 12 divulgo o resultado aqui!!!

Beijocas, Sarinha.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Conheci Nicolas Behr

Eu sempre quis conhecer um certo poeta, que escreve o cinza de Brasília em palavras desenhadas. 
Poeta de uma poesia que conheci quando criança, caminhando entre as bancas da Feira da Torre de TV... (quando a feira era muito mais divertida e eu me perdia entre a bagunça das bancas). Em uma camiseta com o desenho de um ipê, li: "Nem tudo que é torto é errado, veja as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado. Nicolas Behr". E na época eu estava estudando o bioma Cerrado na escola, encantada com os ipês fiquei super entusiasmada, mas minha testa franziu "Coitado desse Garrincha...", mais tarde o verso faria mais sentido.

Tive alguns desencontros com o poeta apaixonado por Brasília... O último foi em um verão no qual me matriculei em uma disciplina de literatura na UnB, e precisei faltar uma semana de aula.
Tudo bem. Só uma semana, pouca coisa... 

O meu celular vibrava e apitava, incansável.
Cheio de mensagens, áudios, fotos... "Tem um convidado hoje aqui na aula, acho que ele é importante... Veio um monte de gente pra ver!" "Espera, vou procurar no google..." "Acho que é um poeta... Nicolas Behr!".

Minha Nossa Senhora, Nicolas Behr está lá na minha aula... E eu não. 

Foi um choque, fiquei bem frustrada enquanto mais mensagens dizendo de como eu deveria estar lá e do quanto ele era simpático e divertido chegavam. E mais outras diziam de como os cartões que sua mãe fazia eram lindos e como ele autografou livro para todo mundo ali... E como eu iria amar conhecê-lo. Foi uma manhã memorável, da qual não fiz parte.  

O meu drama acabou.

Na última quarta-feira (28) no IV Simpósio de Crítica de Poesia, em celebração aos 10 anos do Vivoverso (grupo de pesquisa e performance poética que você pode conhecer neste link) estive com algumas amigas na organização... Feliz por fazer parte do evento. Mais feliz ainda pela conferência de abertura que seria com o Poeta Nicolas Behr.

Antes da abertura do evento estava ele ali no canto com seus livros a venda "Promoção e Pramoçinha: apenas 10 reais" e eu cheguei com todo o meu entusiasmo, dois livros antigos para autografar, BrasíliA-Z que eu queria comprar e um marcador de página para presentear. Apresentei-me, contei a história de um autógrafo que minha irmã encomendou para mim, ele lembrou da Letícia, autografou os meus livros e jogamos conversa fora, para mim foi um privilégio e, contende, fui me sentar.

"- Meninas vou precisar que alguém fique vend..." 
"- Vendendo os livros para o Nicolas? Pode deixar que eu fico!"

Então voltei, e toda a frustração que senti por não tê-lo conhecido no verão passado transformou-se em alegria e transbordou poesia! Conversamos, ganhei o livro "Braxília" (que já devorei), ele perguntou o nome do meu blog e leu no marcador "Caderno Descolorido... Então espera, tenho uma coisa para você, pega aí nessa caixa, na embalagem de plástico!" Nas minhas mãos estava o "descadernobrasília", que é um caderno-livro ou um livro-caderno, o meu mais novo caderno de poesia, cheio de versos que sintetizam a memória brasiliense e cheio de brancos para serem coloridos.

O evento encerraria com o espetáculo poético-musical do Vivoverso "Caleidoscópio dos Versos Vivos" que foi simplesmente emocionante e às 21h eu teria ainda, uma prova de gramática. Este foi um longo e lindo dia... 

Findo o evento, Nicolas me agradece pela ajuda com os livros, entrego-lhe os milhões que vendi durante a tarde e com mais um livro me presenteia! Quase pulei de alegria. Foi muita alegria, mas não pulei!
Também vários marcadores de página vieram com  os livros e esses estarão espalhados pela UnB nos PoemaStops que vocês já devem conhecer! <3 

Foi tudo lindo, a tarde voou como poesia, fiz minha prova de gramática e ao final do dia ligo meu celular: "Nicolas Behr quer ser seu amigo no facebook". Amigos, sou amiga do Nicolas Behr. <3  

Amigos

Conheci Nicolas Behr
no Beijódromo da UnB
em uma tarde de sol.

O autor das poesias
que ilustram essa Brasília 
que não é só poder e corrupção.

Brasília que é cidade
e que já é história
da qual fazemos parte.

Brasília infinita
de contrastes e oportunidades,
desenhada para um futuro
misterioso. 

Amigos,
conheci Nicolas Behr
em uma tarde colorida
de cerrado, arquitetura,
poesia e afeto.

Precisava compartilhar com vocês.

Com carinho, Sarinha.
Amiga Karina, eu e Amigo Nicolas
Ilustração da tarde
Bastidores do IV Simpósio de Crítica e Poesia
Espetáculo Caleidoscópio de Versos Vivos
Pilha de versos

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O meu sapato verde

Julia mora na rua debaixo,
tem longos e lisos cabelos louros.
Tem também um nariz empinado
e um sorriso simetricamente branco.

Ela é bonita.
Não sabe quem eu sou.
Nem que passo por ela todos os dias.

Ela é magra.
Todos sussurram sobre o seu corpo,
como ela é linda e tal...

Não é alta.
Não sei a cor dos seus olhos.

Ela não sabe quem eu sou.
Nem eu quem ela é.

Voltando para casa ela esbarrou em mim.
Sujou meus sapatos da cor do seu olhar.

Ainda não nos conhecemos.

Sarah Magalhães


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Poema-diário

Querido poema,
hoje foi um daqueles dias ás avessas.

Até já era de se esperar,
dada toda essa calmaria da minha vida.

Mas é curioso como quando algo começa a dar errado...
Parece efeito dominó.

Também não estou escrevendo um poema vitimista,
não quero despertar em você pena ou dó.

Inclusive, hoje, ninguém vomitou em mim!
Este é um fato importante, dado o meu último dia ruim*.

Enfim...

Querido poema,
hoje acordei atrasada
para a aula das 8 horas.

O meu percurso seria
de casa à universidade.

Perdi o horário do ônibus.
Perdi a carona até o metrô.
Perdi minha caneta preferida
e também meu carregador.

Perdi quase a esperança de um dia bonito.

Ah! Perdi também a impressão do trabalho que teria que entregar...

Tudo perdido.

Quase tudo perdido.

O dia foi ruim, de qualquer forma.

Todos os meus compromissos
realizei meio tortos,
quase pela metade...

E consegui chegar ao final do dia:
metade de mim cansada e a outa metade vazia.

Mas alguns versos surgiram já quando o dia se apagou,
acompanhados de um café, um capuccino e algumas risadas.

Não há nada melhor do que um dia ruim que se acaba
bem.

Sarah Magalhães

*Nota: ver poema Era uma vez, no 110.

Café e Capuccino.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Primavera

É primavera no meu coração
que perfumado chora
pétalas de flor.

É primavera no meu coração
que apertado decora
todo o seu interior.

É uma primavera fria,
as flores são todas
azuis e lilás.

É primavera, muito embora eu chova tanto despetalar.

É primavera, ouvi no jornal.
E a previsão de hoje é um forte temporal.

Mas meu coração é forte,
ele é abrigo e me aguenta.

Sarah Magalhães


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Frágil

Ontem, domingo (28), tive o prazer de assistir à última apresentação desta temporada de espetáculos do grupo Frágil. A peça Frágil, esteve em cartaz no Teatro H2O, no Recanto das Emas, entre os dias 23 e 28 de agosto e, com o apoio da Funarte -que incentiva a ocupação dos teatros do Distrito Federal- pode acolher gratuitamente um público amplo e que muitas vezes teve ali o seu primeiro contato com o teatro.

O espetáculo conta com a direção de Cléber Lopes, dramaturgia de Jonathan Andrade e o brilhante elenco composto por: Gizele Ziviank, Magno Telles, Maria Eugênia Félix e Ricardo César.

A peça aguça, alfineta, inquieta, acolhe e desconcerta intimamente o público, que sente sussurrar em si o mais forte e mais frágil que há na própria existência. Retratando cenas mais do que presentes nas nossas vidas, o grupo mescla de tamanha forma a ficção e a realidade que o público flutua entre o real e o espetacular. As fragilidades das personagens refletem muitas histórias que carregamos conosco e que nos fazem enxergar a força que elas impulsionam em nós.

Quantos sentimentos não são despertados neste espetáculo entre todos os elementos (simples, certeiros e acolhedores) de figurino, cenário, atuação, interação, iluminação, som, direção, texto... A magia acontece no teatro meus caros, e cada lágrima e gargalhada despertadas em nós são efeito de um grande e forte trabalho do grupo Frágil.

A arte tem esse poder de inquietar, incomodar, doer... E também de afagar, consolar, dar colo. A arte pode gritar silenciosamente, ela tem o poder de dar voz e o poder da arte não pode ser abafado. Os nossos teatros precisam ser palco, precisam de vida, precisam ser ocupados! E foi um prazer ver tão vivo e pulsante um "pequeno teatro" em uma "pequena cidade", enquanto o nosso monumental Teatro Nacional, no coração de Brasília, está fechado para a arte e para nós.

Então, fica a dica, conheçam o grupo Frágil (esta é a página deles no facebook: Frágil) e acompanhem as diversas formas de arte onde você mora, ocupem os espaços culturais que puderem, divulguem os espetáculos que conhecerem e embriaguem-se de arte e de amor! <3 

Abaixo algumas fotos do espetáculo: 
(Créditos das imagens: Luis Alves)

Em cena Gisele Ziviank.
Em cena Magno Telles.
Em cena Maria Eugênia Félix.
Em cena Ricardo César.

Beijocas, Sarinha.


Personas autorais

"Personas autorais" é o título do livro lançado, na última sexta-feira (26), no encerramento do "III Seminário Nacional de Literatura e Cultura - O Grão e o Fruto: Morte e Vestígios do Autor" que aconteceu entre os dias 24 e 26  de agosto na Universidade de Brasília.
O livro é dividido em duas partes, a primeira "Prosarias" conta com ensaios sobre a questão da autoria, produzidos pelo grupo de pesquisa "Literatura e Cultura" do PósLit-UnB. A segunda parte é composta maravilhosamente por poemas que remetem também às questões da autoria, porém da maneira singular característica da poesia e leva o nome de "Teoremas".

Prosarias e Teoremas são neologismos referentes aos termos "prosa e teoria" e "teoria e poemas"... E com certeza valem a leitura! <3 

Quero deixar o convite para que conheçam o livro, que está um amor! E quero agradecer imensamente ao Professor Vianney, que me presenteou com o meu! Muito obrigada, com certeza essas leituras serão de grande enriquecimento no meu caminho poético e acadêmico! <3
E também como agradecimento, fiz a ilustração abaixo:
Rascunhando!

Eu e o professor João Vianney durante o evento.

Livro e dedicatória que ganhei e amei!

Aline, eu e Maxçuny durante o evento.
Beijocas, Sarinha.

sábado, 13 de agosto de 2016

Bela flor cacheada

Havia um certo caminho,
que com certeza era o caminho certo...

Porque sabe, ele era assim, iluminado
pelo sorriso mais radiante que já se conheceu...

Era um caminho perfumado,
de um aroma de amor,
uma essência apaixonante
que hipnotizava seu coração.

Era também, um caminho infinito,
como o olhar mais profundo,
como o olhar de oceano em fim de tarde
que só ela, nesse caminho, sabe olhar.

E o caminho também se coloria
com o riso frouxo que saia ao ouvir a bela voz
da moça de cachos de lado,
de semblante leve e descompromissado...

A menina flor, perfumada de amor,
caminha livre este caminho que colore ainda mais.

Ela tem pálpebras abençoadas,
que a permitem sonhar os mais lindos bailes sob o luar,
canções que flutuam entre as nuvens e silêncios
que chuviscam como pequenas estrelinhas sobre si.

Pois pense você, como não floresce um caminho
que é regado por estrelas e cuidado com tanto carinho.

Mas é que tem um segredo...

Que é o segredo maior,
é esse tal sentimento
que serve de alimento
a quem caminha juntinho assim...

O amor.

Que une essas mãos apaixonadas,
que seguem certamente juntas sua nova jornada.

Feliz aniversário, Gilha Crispim.